19 de maio de 2008

Reencontro

Então, como prometido, aqui está:

Reencontro

Nada havia se não magreza,
Nada havia se não tristeza
Nunca suficiente, nunca perfeita
Mas com sacrifício, tudo se ajeita
Faria de tudo pra ser aceita

Ainda que tudo fosse nada,
Não vestiria mais a calça, que, apertada,
Impunha uma árdua jornada
Comida? Até parece
Pra ser bonita, vê se esquece

Suas ações são recompensadas,
Ainda que estas sejam impensadas
Foi um alívio sentir as roupas folgadas
Quando de elogios foi coberta,
Pensou ter feito a coisa certa

Nada se compara à sensação
De se sentir no topo do mundo e então,
Descobrir que elogios vêm e vão
Pois tudo tem um fim
Ainda que ela não quisesse assim

Quando à pressão ela sucumbiu,
E a determinação num segundo sumiu,
A velha insegurança ressurgiu
Velhos hábitos são difíceis de esquecer
E, ainda mais, aos maus sobreviver

E ali, segurando-se para não ir ao chão,
Viu sua vida findar num ofuscante clarão
E tomou assim uma decisão
Ao ver seus pais, com os rostos aflitos
E a expressão de seus verdadeiros amigos

Aquela garota de antes, onde estava?
Era tão feliz e confiante, o que mudara?
Ser ela mesma era só o que tentava
Queria voltar a ser como era, linda!
Não era tarde demais ainda

Decidiu suas prioridades definir
Nada mais a controlaria assim
Ela em breve voltaria a sorrir
Pouco a pouco conseguiu
Sentir-se com nunca se sentiu

Aprendeu que a maior arma contra a dor
Era aquela a que ela não dava valor
Sua família e amigos, puro e verdadeiro amor
Vive uma vida plena
Onde uma calça apertada nunca será um problema

2 comentários:

Marcelo Mendonça disse...

ADOREIII TUDO

pARABÉNSSSS

ESCREVE MUITO BEM

BJSSS

Anônimo disse...

tá MUITO liindo laurinha.
AAAAAMEEEEEI
beeijo :**