29 de agosto de 2009

A minha infância querida

Maturidade sorrateira
Me corrompe tão ligeira
Que há muito não sou mais criança

Era menina, tão faceira
Até bonita, à minha maneira
Mas já não entro mais na dança

Razões diversas
Razões perversas
Que me atropelam a vida

O pior é imaginar se seria melhor
se eu não soubesse
Se os anos trariam de volta minha infância,
a tal aurora de minha vida
que Casimiro canta

Ignorância chamada de bênção,
um véu multicor
de alegria, bondade, ternura, calor

Não, prefiro tudo como foi
Imperfeito,
mas que me mostrou bem cedo
o mundo e o que sou.

2 de agosto de 2009

Não é exatamente tristeza

Ali ela era só uma menininha.
Assustada, sozinha.

Toda aquela confiança, aparente, desaparecida, aparentemente.
Tudo que conhecia não existe mais.
Nunca se sentiu tão incapaz.
Era bobagem se apegar tanto assim?
Sabia que teria um fim.
Fim da época, do momento, não de tudo, ainda bem.
Mas isso era só um leve paliativo.
A dor era imensurável, inexplicável, irracional, infantil e, ainda assim, tão elementar e compreensível.
E esperada.
Ela sabia.
Sempre soube.
Só que isso não fazia ficar mais fácil.
Tinha imaginado tantas vezes, pensado nas piores possibilidades.
Mas a realidade é sempre mais cruel do que qualquer devaneio.
Ainda assim, cumpriu a promessa, e só deixou a tristeza e a saudade prematura transbordarem quando estava sozinha.

Meus sonhos estão cada vez mais proféticos.

5 de julho de 2009

Corinthianos

Eu, meus pais e minha irmã chegamos a São Paulo na quarta-feira à noite, dia primeiro de julho. Cansados, famintos e, bom, cansados, deixamos as malas no hotel e saímos a pé pra comer numa lanchonete aqui perto, um cachorro quente legendário que meus pais já haviam comido ano passado, quando estiveram aqui.

O cachorro quente com certeza mereceria um parágrafo só pra ele só pelo fato de ter PURÊ DE BATATAS nele, (o que eu, como alagoana, achei surpreendente, não sei se isso é comum por aqui), mas não é sobre isso que eu quero falar. A lanchonete estava cheia de corinthianos, tipicamente barulhentos, interagindo com outros que passavam de carro, com bandeiras para fora da janela, buzinando a volumes com certeza prejudiciais. Os que estavam sentados, ao meu redor, respondiam com gritos aos ocasionais "VAMO CURÍNTIA!!!!!" dos que passavam, e vice-versa. Além de tudo, no bar do outro lado da rua, alguém teve a ideia de colocar um CD com músicas do tal time, e é lógico que todo corinthiano na rua começou a cantar junto, em alto e bom som. Isso quando não resolviam se juntar em grupinhos e pular abraçados pra fazer isso.

Mas a melhor parte foi quando um dos ditos cujos resolveu chegar na nossa mesa:
-Ei, ei.- Nós olhamos pra ele. -Hoje tem que fazer cara de filiz. Faz cara de filiz, vai, faz carinha de filiz.
E fez a tal cara de filiz, abrindo um sorriso de orelha a orelha. Meus pais riram, minha irmã bocejou, eu olhei e forcei um sorrisinho.

Ele soltou um "Iiiiiiiiiiiisso aê" e se afastou satisfeito pra atravessar a rua gritando.

Euforia imposta aos outros?

Não entendo os corinthianos.

13 de junho de 2009

Minha solução

Você também pensa em mim quando tudo fica quieto e seus pensamentos são sua única companhia?
Saudade é tão difícil de explicar, até porque ainda é cedo para ela. Esse é meu ano de carpe diem, e eu não sou mesmo de ficar me lamentando.
Me pergunto por que você é diferente, ou talvez por que eu sou.
E por que você ocupa tanto minha mente, por que atrapalha minhas equações e meus textos, por que não consigo te deixar de lado um segundo?
E por que eu não quero te deixar?
Na verdade, não quero uma resposta pra isso, não preciso de uma. Quero a resposta pra essa:
Por que eu simplesmente não aceito que coisas boas podem acontecer comigo? Eu posso encontrar a pessoa perfeita. Posso estar certa, e ter encontrado.
Me odiaria pra sempre se deixasse minha insegurança (velha companheira) estragar algo que me deixa tão bem.
Continuo, então, a rolar na cama, tarde da noite, sem conseguir dormir.
Preocupo-me se não vai acabar do mesmo jeito de sempre.
Preocupo-me se a minha auto-estima quase inexistente não vai de algum jeito me fazer sabotar a única parte da minha vida que funciona direito.
Preocupo-me de me preocupar tanto com tudo.
Aí eu te vejo.
E com um simples sorriso e um oi, não me preocupo mais.

16 de maio de 2009

O passado não volta, mas não precisava ter ido

Fico pensando se foi tudo um sonho. Aqueles tempos existiram mesmo ou eu só os imaginei como uma forma de preencher a minha necessidade amigas verdadeiras?
Certo, sonho não foi. Claro que não.
Mas será que era tão bom quanto eu lembro que era? Parece que tudo que tínhamos em comum não significa mais tanto pra mim.
E é difícil achar assunto. Quando falo, sempre sinto que não sou interessante, e que não pertenço ali.
Não devia mesmo ser tão difícil.
Devia ser natural. Fácil.
Só eu mudei?

10 de maio de 2009

My sweet sixteen

No dia seis de maio de 2009, comemora-se (pelo menos eu comemorei) os dezesseis anos do dia em que minha mãe deu à luz sua primogênita, Laura (eu). Geralmente no dia do meu aniversário sinto uma atmosfera diferente, e fico bem... feliz. Como deveria, certo? Bom, esse ano, não tive tanto clima de aniversário.
Talvez porque esse ano eu não tenha deixado minha mãe realizar seus planos de todo ano dar uma festa, de um modo ou de outro, apenas um jantar para os familiares mais próximos e meu namorado, ou talvez por eu ter perdido o contato com muitas pessoas nos últimos meses, mas acordei e nem lembrei que era meu aniversário, o "meu dia".
Se eu vivesse em algum outro lugar, ou em outra época, talvez já estivesse casada, com filhos. Talvez já trabalhasse, já dirigisse, já fosse independente. Talvez já estivesse morta, ou na meia-idade. Por isso sei que tenho sorte. Porém ficaria feliz se a possibilidade de votar (e, segundo Renata, ficar rica vendendo os votos) não fosse tudo que meus 16 anos trazem.
Esperava, mas não me sinto diferente agora de como me sentia há uma semana, com 15. Talvez não tenha caído a ficha ainda. Ou talvez eu esteja esperando por algo que nem existe. Afinal, o homem é que teve a necessidade de marcar o tempo. Faz diferença se hoje faz 5844 dias que eu nasci, ou 5845?
Não sei se já mencionei aqui, mas sempre fui meio precoce, principalmente na personalidade e na percepção do mundo, ainda que ingênua para muitas coisas. Acho que já me sentia com 16 anos antes de completá-los. Na verdade, mal posso esperar pelos 17. MAS, antes, tenho que tomar um rumo, fazer algumas decisões difíceis. Afinal, os dias de debutante já eram.

21 de abril de 2009

Esse post é uma resposta a "Amor?" do Jogando Conversa Fora

Quando o conheceu, teve certeza. Certeza de que era possível, de que era real. Passou lentamente, olhos fixos no chão à sua frente. Sentiu o olhar penetrante em sua nuca. Resistiu ao impulso de se virar, ir até ele e dizer tudo.
Será que nunca ia mudar? Sempre a mesma coisa, sempre o mesmo sofrimento desnecessário? Pára tudo. Se alguém tinha que fazer alguma coisa, era ela. Voltou.
-Posso falar com você?
-Ah... claro.
-Não sei fazer isso.
-O quê? Falar?
-Não. Ficar sem fazer nada.
-O que você quer dizer?
-Quero dizer... nem sei direito o que quero dizer.
Silêncio.
-O que eu quero mesmo dizer é que eu não entendo.
-Ahn...
-Eu não entendo por que as pessoas não podem simplesmente ser honestas com uma coisa que é comum a todos.
-Oi?
-Todo mundo já passou, passa ou vai passar por isso, certo? E não é óbvio que, se você se magoa com algo, se fizer o mesmo a alguém, essa pessoa não vai ficar tão magoada quanto você ficou?
-É, acho que sim.
-Então por que, em nome do que quer que você acredite ser o ser/poder/energia que comande esse universo, as pessoas não podem ser honestas e claras em relação ao que sentem? Se toda garota sonha com um carinha perfeito, que a idolatre, que seja engraçado, bonito, inteligente, romântico, etc. etc. etc., por que quando aparece um assim elas não se interessam ou enjoam logo? Por que caras tão legais, que você sabe que dariam namorados perfeitos pra qualquer uma que tivesse a sorte de ser a sua escolhida, são preteridos por garotinhos bonitinhos sem um grama de moral e profundos como um pires?
-Se eu soubesse responder isso, não estaria sozinho.
-Eu sei.
Ele a olhou como se entendesse.
-Tem certeza?
-Eu sou a exceção. Mas não posso ser a única. Matematicamente comprovado.
Silêncio.
-Não é fácil.
-Infelizmente, parece que geralmente não vale a pena se for. E, sabe como é, a esperança é a última que morre, ou devia ser. Whatever. Confia em mim nessa, cara.

5 de abril de 2009

Procuro alguém que saiba trocar uma lâmpada

Dentro de mim há um espírito livre gritando pra sair.
Dentro de mim há uma criança se afogando, que sobrevive de pequenas e raras lufadas de ar, aproveitadas ao máximo.
Dentro de mim há uma mulher adulta, confiante e independente esperando.
Dentro de mim há uma garotinha assustada, sem auto-estima e consumida pela tristeza e pela desesperança, que luto para manter onde está.
Dentro de mim há uma lâmpada prestes a queimar.

18 de março de 2009

É, eu sou superprotegida

Essa semana consegui concretizar uma ideia na cabeça, algo que eu já sabia, mas que me deixou com muita raiva. E, como sempre acontece quando tenho uma emoção forte assim, tenho um forte ímpeto de escrever. Então, aqui estou.
Uma gaiola, uma jaula, uma prisão
Chame como quiser
Não vejo solução
Num futuro nem tão próximo
Enclausurada, aprisionada, presa
Chame como quiser
Só quero sentir, uma vez na vida,
Que me enquadro
Só queria poder aproveitar
Os ditos melhores anos da minha vida
Como todos fazem
Sem me sentir culpada
Já deveria estar acostumada, não?
Há quanto tempo vivo assim?
Mas a hora vai chegar
Em que essa crise adolescente
Vai parecer tão sem importância
Tal liberdade, tão desejada
Não vai ter gosto de vitória
Quando criança, quero crescer
Quando adulta, voltar à infância
Agora, sei que é coisa de momento
Culpe meus hormônios

15 de março de 2009

Adolescentes não são todas iguais

Quinze anos não são nada, recém saída da infância. As adolescentes de hoje só pensam em maquiagem, roupas, festas e garotos, não se interessam por nada fora de seus mundinhos medíocres e limitados. Algumas a mais ou a menos na Terra não fariam diferença. Você provavelmente não é diferente, talvez uma versão um pouco melhor, um pouco menos obtusa. Mas no fundo tem as mesmas pretensões de todas as outras.
-Oi? Peraê, peraê, espera um pouco. É comigo?
Com quem mais seria?
-Não sei quem o senhor é, nem o quer, nem o que o senhor está fazendo aqui ocupando espaço no meu sonho, mas dá pra me liberar aí?
Ah, sinto muito, eu não deveria estar ocupando o espaço da bandinha adolescente que provavelmente habita essa espelunca aqui. Qual a boy band da vez? Ou talvez um atorzinho branquelo de cabelos e olhos claros, um all-american boy que ganhe verdadeiras fortunas interpretando papéis que façam menininhas acreditarem que vão encontrar um namorado/robô perfeito, que as vai idolatrar e amar incondicionalmente, fazendo-as felizes para sempre?
-Pra falar a verdade, meus sonhos geralmente são sobre pessoas importantes na minha vida.
Quem, Hannah Montana?
-Ahn... Não, meus amigos, minha família... meu namorado...
Uau, estava demorando... Então... Seu namorado, hã? Há quanto tempo estão juntos?
-Oito me...
Isso não importa, não é? Porque tenho certeza que ele é perfeito, que vocês são felizes juntos e que vão se casar e ter uma grande família feliz e perfeita. Poupe-me desse otimismo cego. Namoro de escola não tem futuro, tem data certa pra acabar: quando ele se formar e for estudar longe, dizendo que nunca vai te esquecer nem deixar de te "amar"...
-Ei, eu ouvi as aspas em "amar". Acha que eu mesma não já duvidei de tudo isso? Eu penso muito antes de tomar decisões, e não acho que seja como você está insinuando. Se bem que o senhor já parece estar afirmando tudo isso sobre mim. Você nem me conhece.
Nem preciso. Adolescentes são todas iguais.
-Lamento desapontá-lo, mas generalizar baseado no que o senhor vê em algumas meninas não me parece correto.
Vai dizer que eu não estou certo, que adolescentes não são assim? Tenho mais de três vezes sua experiência de vida, garota, sei como as coisas são.
-Bem, as coisas mudam. E o senhor está certo, exis...
Viu? Até você admite.
-Deixe-me terminar. Existe sim o tipo de adolescente que o senhor descreveu tão bem, presas à sua própria realidade e com gostos, preferências e atitudes pré-determinados pelas suas líderes, pela rádio, pela TV... Mas me recuso a acreditar que eu sou a única que não tem medo de falar o que pensa, de gostar do que eu quero, de vestir o que eu quero e fazer e me interessar pelo que eu quero sem ser discriminada por isso. Posso provar que aquele sentimento de que os jovens são o futuro não é desesperador, minha geração não é tão fútil. Apesar de ser, sim, meio Coca-Cola. E agora, pode me dizer quem o senhor é?
Não sei se devo. No fundo você mesma sabe quem eu sou e por que estou aqui. Agora vá. Se continuar dormindo não vai chegar a tempo na escola, e aquelas fórmulas não vão se decorar sozinhas.
Aí eu acordei.

19 de fevereiro de 2009

Nem tão impossível assim

Meus pensamentos, tão concretos
Mesmo aqueles nunca abertos
Nem aos meus maiores afetos
Para sempre de receio cobertos

Difícil se mostrar vulnerável
Mesmo em situação agradável
Confessar o inconfessável
Nunca pareceu menos provável

Quando a grande estrela chora
E quando o céu vai embora
Talvez essa seja a hora
De colocar tudo pra fora

Então continuo assim
Uma tortura sem fim
Sem conseguir dizer sim,
Fazer algo só pra mim

Queria não me preocupar,
Deixar tudo pra lá,
Da próxima vez vou tentar
Só preciso acreditar

Poeminha antigo resgatado aí... Espero que gostem.

Poetas românticos

Numa certa aula de literatura portuguesa, ocupada entre conseguir ficar acordada, resistindo ao impressionante poder sonífero da voz de minha professora, e preencher as últimas folhas dos meus cadernos com poesias e/ou músicas em inglês, rabiscos e/ou tentativas frustradas de desenhos, ou qualquer pequena anotação cuja origem e propósito não consigo me lembrar depois, entreouvi a professora comentar algo mais ou menos como: "A grande maioria dos poetas românticos morria muito cedo, fosse devido à tuberculose, fosse pelo abuso de álcool, pelo suicídio, ou uma combinação destes. Não costumavam passar dos 23, 24 anos. Imagine se estes poetas tivessem amadurecido, que obras maravilhosas que poderiam ter produzido!"
Dizer que aí eu acordei seria exigir demais de tal aula, mas aquilo grudou no fundo do meu cérebro e virou motivo de uma pequena anotação nas últimas folhas do caderno, como lembrete para desenvolver mais aquela ideia. O que me chamou a atenção foi que eu discordava completamente daquele comentário, apesar de não ter nenhuma capacidade física de erguer a mão e debater minhas ideias com a professora no estado letárgico em que me encontrava. Então, virou inspiração pra post.
Resumo-relâmpago das características das obras românticas: tom melancólico, amores impossíveis, evasão para o passado, a natureza, ou a morte, o que parecer mais promissor ao autor. No geral, depressivo. Será que se atingissem os 40, 45 anos de idade, ainda estariam tratando dos mesmos temas? Eu certamente não escrevo agora sobre os mesmos assuntos de alguns anos atrás, nem mesmo dessa mesma época no ano passado. Será então que suas obras teriam o mesmo atrativo?
Parafraseando alguns professores meus, "ó, galera, préstenção aqui, ó". As angústias e a visão pessimista e melancólica dos autores românticos me parecem, de minha perspectiva adolescente e talvez exageradamente simplista, tipicamente jovens, ainda que sejam jovens de uma época e realidade completamente diferentes. E, claro, talvez sua técnica melhorasse. Mas o que garante que depois de alguns anos, quando toda aquela emoção se esvaísse e desse lugar a uma vida mais acomodada, mais "madura", suas obras ainda seriam tão interessantes? Encontrariam eles mesma motivação para escrever em outros temas?
Na escrita, mais importante do que a técnica, a meu ver, é a emoção imprimida ao texto, a cada palavra. É como aquele velho clichê de propaganda, "tempero de comida de mãe é o amor". (Mas se o amor estiver faltando aí, compre nosso cubinho de caldo de carne, vai dar no mesmo.) Então vou continuar aproveitando meus turbilhões hormonais para escrever.

21 de janeiro de 2009

Seção sem nome volume 3

Acho que já é hora de fazer outra postagem da seção das palavras - que ainda não tem nome por falta de imaginação/preguiça desta que vos escreve, apesar de aceitar sugestões, se alguém tiver alguma.
Abri um livro procurando alguma palavra, e, apesar de a princípio eu não achar que fosse adequada para este texto, uma se repetiu em várias tentativas. Não acredito em destino, mas, se o texto não ficar bom, qual a pior coisa que pode acontecer? Meus poucos leitores (leia-se: amigos) desaparecerem? Enfim.
A palavra que me apareceu foi "dia". Eu sei, é uma coisa tão óbvia que não tem muito o que falar, não é? Mas me ocorreu que dia não é só um período de 24 horas. Pra mim um novo dia significa uma oportunidade nova, de talvez fazer coisas novas, conhecer gente nova, aprender a parar de repetir tanto a mesma palavra.
Tanta coisa pode mudar em um dia. Em segundos, sua vida pode mudar completamente, imagine em 86400 deles. Todos lembram do dia em que aconteceu aquilo que mudou minha vida pra sempre... Tipo no dia que eu soube da existência da DONINHA... e da sua seita. Mas isso já é outra história.
"Dia" até que rendeu, não? (NÃO). Bem, torçam pro tal do Seu Destino (que não existe) me dar uma palavra melhor da próxima vez. É só. Gone.

20 de janeiro de 2009

É verão... Sei lá...

Tá, ótimo, férias, praia, sol, calor. Protetor, bronzeado (OU NÃO), queimadura de sol, ai ai ai, hidratante, descascar. Óculos escuros, short, blusa curta, biquíni (ai G-zuiz). Olhares (huuuuuuum), cantadas sem nexo, sem noção, sem futuro. Foras. Mais foras. Areia em todo lugar. Comida. Mais comida. COMIDA.

Ócio, reclamar do ócio, procurar alguma coisa pra fazer. Jogar Banco Imobiliário, desistir no meio, jogar War, desistir antes da metade, jogar Scrabble, brigar porque palavrão não vale. Ganhar no Scrabble, mesmo com os outros tendo os pontos do(s) palavrão(ões).

Bricadeiras. Conversas. Amigos. Momentos. Fotos. Momentos inesquecíveis, sem necessidade de fotos. Fotos de momentos inesquecíveis que não necessitam de fotos.

Perceber que já está acabando. Perceber que não fez tudo que queria, não deu tempo. Perceber que teve tempo, não estava no ócio? Perceber que no verão o tempo não passa normalmente. Perceber que diversão não precisa ser obrigação. Relaxar. Aproveitar.

Reclamar porque acabou. Ficar feliz de voltar à escola. Ser chamada de nerd por isso (whaaaaaaaatever). Suportar os próximos meses com a feliz lembrança e promessa de um verão feliz.

Viver a vida. Simplesmente viver, aproveitando ao máximo.

18 de janeiro de 2009

Ninguém nunca me disse

Ninguém nunca me disse que a vida era tão complicada. Ninguém também nunca me disse que nem tudo dá certo no final. Ninguém nunca me disse que o que parece perfeito agora, pode não ser tão perfeito amanhã.
Mas também ninguém nunca me disse que é possível mudar o imutável. A Certeza ultrapassada dentro de mim comprova isso. Certezas são raras. Aproveite se tiver alguma agora. É o que faço. Meu principal defeito é saber e não conseguir parar de analisar tudo e todos. Isso gera, sim, problemas. Contornáveis, sem dúvida. Tanto que quando acabo de falar, penso: “Pra que eu disse isso? Podia ter ficado calada.”
Parece que, inconscientemente, tento sabotar o que tenho de melhor. Perder para sempre minhas Certezas. E pra que? Se alguém souber, me avise, por favor.

15 de janeiro de 2009

(Des)ilusão parte 2

Desistiu, como pensou em fazer. Resolveu confiar no destino, coisa na qual ela não acreditava. Quando desistiu de procurar, de agir, o tal destino se encarregou de trazer a pessoa certa. Só que algo assim deixa marcas. Cicatrizes, por assim dizer.
Foi tão fácil, que deu pra desconfiar. O amor não deveria ser mais... difícil? Raro? Talvez até... mais incompleto? Era o que pensava. Não imaginava o que iria acontecer, a sorte que tinha.
A vida não é um conto de fadas. Então não, não teve um final feliz. Até porque, com um final feliz, a história acaba. Não é o que quer. Ainda não acabou. E se depender dela, a pobre menininha (des)iludida, não acabará nem tão cedo. Esperemos então, não pelo destino. Não existe. Pela vida.

12 de janeiro de 2009

(Des)ilusão

Não, não era sério. Não podia ser, certo? Quer dizer, tão jovem, tão iludida, tão... tão fora da realidade. Nada assim pode dar certo. Achava mesmo que podia acontecer. Pena que não havia a menor possibilidade. Infelizmente existe gente que parece se divertir ao alimentar esperanças. Não, não, crueldade. Soa como uma menininha se lamentando da primeira desilusão amorosa, não? Se fosse a primeira, isso não estaria tão longe da verdade. Mas quando se torna uma constante, há sempre uma lembrança de que aquilo pode voltar a acontecer.

"Coitada," dizem,"não merecia." Compaixão não é exatamente o que ela precisa. Só alguém com sentimentos verdadeiros, sem medo de dizer, simplesmente, a verdade. Tão difícil assim? Pior que é. "A sociedade evolui e valores se perdem.", pensa. Parece uma menininha agora?

Sim, desistiu mais uma vez. Pensa em desistir de vez agora. Mas no fundo sabe, ah, sabe, que será só até achar o próximo que pareça promissor. E a palavra-chave é "pareça". Infelizmente.