22 de dezembro de 2008

Cantada

Peguei-me pensando o que estarias fazendo
Neste lugar, neste momento
Sem motivo aparente, de repente
Mas com tom urgente

Veio até mim,
Andar apressado
De quem foi mesmo incitado
Isso era mesmo necessário?

Não entendo, o que queres?
Provar-se mais homem
Do que os que ao seu redor?
Julguei-te mal?

Queres apenas falar,
Comigo e com mais ninguém,
Sozinhos, talvez?
Não sei

Creio que sim, tudo bem
Nada tenho a perder
Fale logo, o que é?
Não me demoro aqui

Dizes que desde o começo,
No primeiro olhar, sentira algo
Que não paras mais de pensar em mim,
Eu deveria dar uma chance a este amor?

Ah, nunca disseste isto a mulher alguma?
Tudo isso que dizes poderia me ganhar,
Atravessar-me como uma flecha de Eros,
Poderia, sim, me apaixonar.

Não fosse o pequeno detalhe
De uma amiga ter me contado
Que ouviu tudo isto,
O mesmo, de tu ontem

Diz agora, por que eu haveria
De dar uma chance ao seu
Dito “amor”?
Não me enganas

Vejo como sou a única mulher
A quem disseste isso.
Banalizas o amor como a tudo mais,
E por isso não o merece.

Um comentário:

Renata Menezes disse...

"não vulgarize o verbo amar"

Comunidade no orkut.